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Dermatologia e geoterapia e suas combinações.

A geoterapia, prática terapêutica baseada no uso de argilas e outros elementos terrosos, vem ganhando espaço na dermatologia natural devido às suas propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias, purificantes e regeneradoras. Ao aplicar a terra como forma de cuidado, resgata-se uma medicina ancestral que utiliza os minerais da natureza como aliados na regeneração e manutenção da saúde da pele.

Seja em casos de acne, dermatite, psoríase, oleosidade excessiva, manchas ou envelhecimento cutâneo, a geoterapia oferece uma abordagem segura, acessível e eficaz, com respaldo científico e tradicional.


O que é geoterapia e como atua na dermatologia natural:

A geoterapia utiliza argilas medicinais e lamas ricas em minerais, aplicadas externamente na forma de máscaras, cataplasmas ou banhos. Cada tipo de argila possui uma composição mineral diferente, que atua em sinergia com a pele, promovendo:

  • Desintoxicação por adsorção de impurezas;
  • Equilíbrio do pH cutâneo;
  • Estímulo à regeneração celular;
  • Ativação da microcirculação sanguínea local;
  • Efeito bactericida e antifúngico natural.

Essas propriedades fazem da geoterapia uma alternativa natural e funcional para o tratamento de diversas condições dermatológicas, sem os efeitos adversos de ativos sintéticos.


Tipos de argilas utilizadas na dermatologia natural:

Argila verde:

  • Rica em óxidos de ferro, silício e magnésio;
  • Ação adstringente, secativa e anti-inflamatória;
  • Indicada para peles oleosas, acneicas e com poros dilatados.

Argila branca:

  • Composta por caulinita, rica em alumínio e sílica;
  • Tem ação calmante, cicatrizante e suavizante;
  • Indicada para peles sensíveis, ressecadas, com rosácea ou manchas.

Argila vermelha:

  • Alta concentração de óxidos de ferro;
  • Estimula a circulação e tem efeito tensor e rejuvenescedor;
  • Ideal para peles maduras, desvitalizadas e com tendência a flacidez.

Argila preta (lama vulcânica):

  • Considerada a mais nobre, rica em titânio e alumínio;
  • Possui forte ação detox, anti-inflamatória e cicatrizante;
  • Indicada para peles acneicas, com manchas e processos inflamatórios intensos.

dermatologia

>>Veja mais sobre Geoterapia e dermatologia
>>Todas as postagens de Geoterapia

Aplicações práticas da geoterapia na pele:

Máscaras faciais:

  • Indicadas para uso semanal ou quinzenal;
  • Devem ser preparadas com água filtrada ou floral, nunca com metais;
  • Tempo de ação: 10 a 20 minutos, sem deixar a argila secar completamente na pele.

Cataplasmas para regiões inflamadas:

  • Aplicados em áreas com lesões, acne inflamada ou psoríase;
  • Utiliza-se uma camada mais espessa, coberta com gaze ou pano de algodão;
  • Pode permanecer por até 30 minutos.

Banhos de argila:

  • Indicados em casos de dermatites corporais, foliculite ou eczema;
  • Adicionar 3 a 4 colheres de sopa de argila em uma banheira morna;
  • Permanecer imerso por 15 a 20 minutos.

Indicações dermatológicas da geoterapia:

  • Acne e oleosidade excessiva
  • Dermatites e eczemas
  • Psoríase e rosácea leve
  • Manchas e hiperpigmentações
  • Celulite e flacidez
  • Cicatrizes de acne e pós-inflamatórias
  • Pele sensibilizada por cosméticos ou poluição
  • Cuidados antienvelhecimento e revitalização cutânea

Importante: o tipo de argila deve ser escolhido conforme o tipo e a condição da pele. Em caso de pele lesionada ou sensível, prefira argilas suaves, como a branca ou a rosa.


Cuidados e orientações no uso da geoterapia na dermatologia:

  • Não aplicar sobre feridas abertas, mucosas ou queimaduras;
  • Evitar deixar a argila secar totalmente no rosto, pois pode causar efeito rebote de oleosidade;
  • Sempre usar utensílios de vidro, cerâmica ou madeira para preparo;
  • Após o uso, hidratar a pele com óleos vegetais ou loções naturais (como óleo de rosa mosqueta ou de jojoba);
  • Fazer teste de sensibilidade antes do uso, especialmente em peles reativas;
  • Descartar a argila após cada aplicação — nunca reutilizar.

Estudos científicos sobre geoterapia e saúde da pele:

Pesquisas recentes confirmam o potencial terapêutico da geoterapia na dermatologia:

  • Estudo publicado na Journal of Cosmetic Dermatology (2017) mostrou que o uso tópico de argila verde reduziu significativamente a oleosidade e a inflamação em pacientes com acne moderada;
  • Revisão sistemática na Applied Clay Science (2015) destacou a capacidade das argilas medicinais de adsorver toxinas e metais pesados da pele, auxiliando em processos de regeneração;
  • Ensaio clínico com argila branca (2020) demonstrou efeitos clareadores e melhora na textura cutânea em peles fotoenvelhecidas.

Considerações de uso da geoteparia com dermatologia:

A geoterapia representa uma abordagem eficaz, segura e profundamente alinhada com os princípios da dermatologia natural e funcional. O uso consciente e individualizado das argilas permite tratar desde desequilíbrios simples até condições dermatológicas mais complexas, sempre com respeito à fisiologia da pele e à inteligência dos minerais naturais.

Incorporar as argilas à rotina de cuidados é resgatar o poder curativo da terra, oferecendo à pele nutrição, regeneração e equilíbrio de forma natural.


Fontes:

  1. Carretero, M. I. (2015). Clay minerals and their beneficial effects upon human health. Applied Clay Science.
  2. Lopes, M. P. et al. (2017). Use of green clay in dermatological conditions: evidence-based review. Journal of Cosmetic Dermatology.
  3. Ribeiro, L. A. (2009). Geoterapia: o poder curativo das argilas. Editora Almed.

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