O Guaco, conhecido cientificamente como Mikania glomerata, é uma planta trepadeira nativa do Brasil, bastante utilizada na medicina popular por seus efeitos benéficos nas vias respiratórias. Suas propriedades terapêuticas a tornam uma excelente aliada no tratamento natural de tosses, bronquites e gripes.
A seguir, você confere as principais informações sobre essa planta de forma clara e organizada.
Mikania glomerata Spreng.
Família: Asteraceae
Componente | Quantidade aproximada | %VD* Aprox. |
---|---|---|
Energia | 52 kcal | 2,6% |
Carboidratos | 11,8 g | 3,9% |
Proteínas | 1,6 g | 2,1% |
Gorduras totais | 0,3 g | 0,5% |
Fibras alimentares | 4,2 g | 16,8% |
Cálcio | 115 mg | 11,5% |
Ferro | 2,1 mg | 15% |
Fósforo | 64 mg | 9,1% |
Vitamina C | 25 mg | 55% |
*Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal/dia. Podem variar conforme as necessidades individuais.
Expectorante natural: Ajuda a eliminar secreções das vias respiratórias.
Broncodilatador: Melhora a respiração, útil em casos de asma e bronquite.
Anti-inflamatório: Reduz inflamações nas vias aéreas e garganta.
Antioxidante: Combate os radicais livres, ajudando na proteção celular.
Imunomodulador: Estimula a resposta do sistema imunológico.
Gestantes: Pode estimular contrações uterinas.
Lactantes: Ainda não há estudos suficientes que comprovem a segurança.
Crianças menores de 2 anos: Uso não recomendado sem orientação profissional.
Pessoas com problemas hepáticos: O excesso pode sobrecarregar o fígado.
Uso prolongado: Pode causar toxicidade hepática em altas doses.
Com Eucalipto: Potencializa o efeito descongestionante.
Com Hortelã: Aumenta o alívio da tosse e frescor nas vias aéreas.
Com Gengibre: Atua como reforço anti-inflamatório e imunoestimulante.
Com Própolis: Melhora a ação antibacteriana e imunológica.
Com Alho: Potencializa a ação antiviral e expectorante.
O Guaco pode potencializar o efeito de medicamentos broncodilatadores, mucolíticos e anti-inflamatórios. No entanto, não deve ser usado junto com anticoagulantes, como a varfarina, pois pode aumentar o risco de sangramento devido à presença de cumarina na planta.
Folhas frescas ou secas: Para infusões, xaropes e extratos.
Caule: Em algumas preparações, também é aproveitado pela sua concentração de princípios ativos.
Ingredientes:
1 colher de sopa de folhas frescas ou secas de guaco
200 ml de água filtrada
Modo de preparo:
Ferva a água.
Adicione o guaco e desligue o fogo.
Tampe e deixe em infusão por 10 minutos.
Coe e consuma morno.
Consumo recomendado:
Adultos: 1 a 2 xícaras por dia, por no máximo 7 dias consecutivos.
Crianças acima de 6 anos: até 1 xícara ao dia, com orientação profissional.
Xaropes naturais caseiros ou manipulados
Tintura fitoterápica (diluída em água)
Inalações com infusão
Pastilhas ou balas com extrato de guaco
Comprimidos fitoterápicos padronizados
Baixo índice glicêmico (inferior a 20), o que o torna adequado para pessoas com controle glicêmico ou diabetes, desde que o preparo do chá não leve açúcar.
Uso veterinário: Tratamento de infecções respiratórias em animais.
Controle de pragas agrícolas: Devido à presença de compostos voláteis.
Uso cosmético: Presente em alguns sprays e loções para alívio de congestão nasal.
Educação popular em saúde: Amplamente utilizado em comunidades tradicionais como planta de cura.
Incorporação em produtos naturais comerciais: Como sprays fitoterápicos e xaropes infantis (com posologia adaptada).
Fontes de consulta:
BRASIL. Ministério da Saúde – Cartilha de Plantas Medicinais da ANVISA.
ALONSO, J. R. Plantas Medicinais e Fitoterapia: Tratamento Natural das Doenças. 6ª ed.
FERRAZ, M. C. Guia de Fitoterapia Clínica Integrativa. Ed. Senac.