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Magnésio: Diferenças entre dimalato, quelato e treonato.

O magnésio é um mineral essencial para mais de 300 reações enzimáticas no organismo, desempenhando um papel fundamental na saúde muscular, cardiovascular, neurológica e óssea. No entanto, existe uma variedade de formas de magnésio disponíveis no mercado de suplementos, cada uma com características específicas.

Entre as formas mais estudadas e utilizadas estão o magnésio dimalato, o magnésio quelato (também conhecido como bisglicinato) e o magnésio treonato. Entender as diferenças entre elas é essencial para escolher o tipo mais adequado às necessidades individuais.

Magnésio
>>Veja mais sobre magnésio: dimalato, quelato e treonato.
>>Artigo relacionado na suplementação nutracêutica.

A importância da forma química do magnésio:

A forma como o magnésio é ligado a outros compostos determina sua biodisponibilidade, ou seja, a capacidade do corpo de absorver e utilizar o mineral. Algumas formas são mais indicadas para o sistema nervoso, outras para o sistema muscular ou para casos de fadiga crônica.

Por isso, conhecer as especificidades de cada forma de magnésio ajuda a obter melhores resultados com a suplementação.


O que é o dimalato:

O dimalato é uma combinação de magnésio com o ácido málico, composto naturalmente encontrado em frutas como maçã e que participa do ciclo de Krebs — processo responsável pela produção de energia celular.

Benefícios principais:

  • Aumento de energia celular e redução da fadiga;
  • Suporte para pessoas com fibromialgia, síndrome da fadiga crônica e dores musculares;
  • Atua no metabolismo de carboidratos e na desintoxicação de metais pesados;
  • Boa absorção e baixo risco de efeitos gastrointestinais.

Indicação:

Ideal para quem sente fadiga frequente, dores musculares inexplicadas ou tem diagnóstico de distúrbios energéticos celulares, como a fibromialgia.

Dosagem média: 300 a 400 mg por dia, fracionado em 2 doses.


O que é o quelato (bisglicinato):

O magnésio quelato, também chamado de magnésio bisglicinato, é uma forma em que o mineral está ligado a duas moléculas do aminoácido glicina, formando um complexo estável que não depende da acidez estomacal para ser absorvido.

Benefícios principais:

  • Alta biodisponibilidade, mesmo em pessoas com baixa acidez estomacal;
  • Ação calmante, pois a glicina também atua como neurotransmissor inibitório;
  • Redução de câimbras e tensão muscular;
  • Apoio ao sono, controle da ansiedade e equilíbrio do sistema nervoso central.

Indicação:

Recomendado para quem busca um magnésio de alta absorção com foco em relaxamento, sono, humor e saúde muscular. Muito usado por pessoas com insônia, TPM, estresse e bruxismo.

Dosagem média: 200 a 400 mg por dia, preferencialmente antes de dormir.


O que é o treonato:

O magnésio treonato é a forma mais recente e avançada do mineral, resultado da combinação com o ácido treônico, um derivado da vitamina C. Ele foi desenvolvido com o objetivo de melhorar a capacidade do magnésio de atravessar a barreira hematoencefálica, atingindo diretamente o sistema nervoso central.

Benefícios principais:

  • Melhora significativa da memória, cognição e aprendizado;
  • Apoio na plasticidade cerebral e prevenção do declínio cognitivo;
  • Estudos sugerem efeitos positivos em casos de TDAH, Alzheimer e ansiedade;
  • Efeitos duradouros com uso contínuo.

Indicação:

Altamente recomendado para pessoas que buscam suporte cerebral, foco, memória e prevenção de distúrbios neurológicos. Também é útil para estudantes, profissionais que lidam com alta demanda mental e idosos.

Dosagem média: 1.000 a 2.000 mg por dia, geralmente fracionada.


Comparativo entre os dimalato, quelato e treonato:

Tipo de MagnésioComposto LigadoIndicação PrincipalDestaques
DimalatoÁcido málicoFadiga crônica, dores muscularesEstimula energia celular
Quelato (bisglicinato)GlicinaAnsiedade, sono, TPM, estresseAlta absorção, efeito calmante
TreonatoÁcido treônicoMemória, foco, performance mentalAtravessa a barreira hematoencefálica

Cuidados e contraindicações:

  • Consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação, especialmente se fizer uso de medicamentos contínuos;
  • Doses acima de 400 mg/dia podem causar efeitos gastrointestinais em pessoas sensíveis;
  • Evite o uso conjunto de diferentes tipos de magnésio sem orientação especializada;
  • Gestantes, lactantes e pessoas com insuficiência renal devem usar somente com prescrição.

Considerações finais:

A escolha da forma de magnésio ideal depende diretamente do seu objetivo terapêutico. Se você precisa de mais energia e disposição, o dimalato é o mais indicado. Se busca equilíbrio emocional, relaxamento e alívio de tensões, o quelato (bisglicinato) será sua melhor escolha. E, para quem deseja melhorar a função cognitiva e proteger o cérebro, o treonato é a forma mais eficaz.

Na trofoterapia e na prática integrativa, o magnésio é um dos minerais mais importantes para a manutenção da saúde global, atuando de forma segura e versátil quando usado com consciência e critério técnico.


Fontes:

  1. Barbagallo, M., & Dominguez, L. J. (2010). Magnesium and aging. Current Pharmaceutical Design.
  2. Slutsky, I. et al. (2010). Enhancement of learning and memory by elevating brain magnesium. Neuron.
  3. Walker, A. F. et al. (2003). Mg citrate found more bioavailable than other forms in human supplementation trial. Magnesium Research.

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