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Dieta alcalina: como funciona e quais os alimentos base.

A dieta alcalina tem ganhado cada vez mais espaço entre as abordagens integrativas de saúde e nutrição funcional. Seu princípio é baseado na ideia de que os alimentos influenciam o pH do organismo, e que uma alimentação predominantemente alcalina pode ajudar a prevenir inflamações, equilibrar o metabolismo e até proteger contra doenças crônicas.

Neste artigo, você entenderá como funciona a dieta alcalina, seus benefícios, os alimentos mais indicados e como começar a aplicá-la de forma prática e segura.


Embora o corpo humano regule naturalmente o pH do sangue entre 7,35 e 7,45, a alimentação pode influenciar o pH da urina, tecidos e até o ambiente celular. Alimentos ácidos, como carnes vermelhas, refrigerantes e industrializados, geram um “carga ácida” que, em excesso, pode aumentar processos inflamatórios.

Já os alimentos alcalinizantes — como frutas, legumes, vegetais crus e oleaginosas — favorecem um ambiente interno mais limpo, oxigenado e menos propenso a doenças.


Como o equilíbrio ácido-alcalino impacta a saúde:

O excesso de acidez no corpo está relacionado a diversos desequilíbrios fisiológicos, como:

  • Inflamação crônica de baixo grau;
  • Fadiga persistente;
  • Perda de massa óssea (osteopenia/osteoporose);
  • Retenção de líquidos e toxinas;
  • Desequilíbrio hormonal;
  • Queda da imunidade.

Ao adotar uma alimentação com predominância alcalina, o organismo passa a funcionar com mais eficiência metabólica, reduzindo o acúmulo de resíduos tóxicos e melhorando a capacidade de regeneração celular.

alcalina


Alimentos com efeito alcalinizante:

Os alimentos considerados alcalinos não são necessariamente alcalinos em seu pH original, mas sim pelo resíduo metabólico que deixam no corpo após a digestão. Veja os principais grupos:

Frutas frescas:

  • Abacate
  • Limão e lima
  • Melancia
  • Mamão
  • Banana madura
  • Uvas roxas

Apesar de ácidos no sabor, frutas como limão e abacaxi se tornam altamente alcalinizantes após o metabolismo.

Vegetais verdes:

  • Espinafre
  • Couve
  • Brócolis
  • Alface
  • Pepino
  • Abobrinha

Vegetais folhosos crus são fundamentais para alcalinizar o organismo.

Raízes e tubérculos:

  • Inhame
  • Batata-doce
  • Cenoura
  • Beterraba

Fornecem energia sem gerar sobrecarga ácida, além de fibras prebióticas.

Leguminosas em equilíbrio:

  • Lentilhas
  • Feijão azuki
  • Grão-de-bico

Preferencialmente germinadas ou bem cozidas e combinadas com vegetais alcalinos.

Oleaginosas e sementes:

  • Amêndoas
  • Sementes de abóbora
  • Gergelim
  • Chia

Ricas em minerais alcalinos como magnésio, cálcio e potássio.

Águas e bebidas naturais:

  • Água com limão (em jejum)
  • Água de coco
  • Chás de ervas (como hortelã, capim-limão, dente-de-leão)

Alimentos com efeito acidificante que devem ser reduzidos:

  • Carnes vermelhas e embutidos
  • Laticínios industrializados
  • Açúcar branco e refinados
  • Refrigerantes e bebidas alcoólicas
  • Café em excesso
  • Farinha branca e pães industrializados
  • Alimentos ultraprocessados com conservantes

O ideal é que cerca de 70% da alimentação seja composta por alimentos alcalinizantes e apenas 30% de alimentos neutros ou ligeiramente ácidos.


Benefícios da dieta alcalina:

  • Redução da inflamação sistêmica
  • Melhora da digestão e funcionamento intestinal
  • Prevenção da perda de massa óssea (alcalinidade poupa cálcio)
  • Maior vitalidade e disposição
  • Ação antioxidante e regeneradora
  • Auxílio no controle de peso corporal
  • Equilíbrio do pH urinário e prevenção de cálculos renais

Cuidados e mitos sobre a dieta alcalina:

A regulação do pH é automática:

De fato, o sangue mantém seu pH de forma estável. No entanto, o pH de outros fluidos corporais, como urina e saliva, pode ser influenciado pela dieta. A proposta da dieta alcalina não é “alcalinizar o sangue”, mas sim reduzir a carga inflamatória gerada por hábitos alimentares ácidos.

Dieta não substitui tratamento médico:

Apesar de auxiliar na prevenção de doenças, a dieta alcalina não substitui medicamentos ou tratamentos prescritos para condições como osteoporose, gota ou distúrbios renais.

Jejum e limão em excesso:

Embora a água com limão em jejum seja uma prática positiva, deve ser usada com moderação e não indicada em casos de gastrite ativa ou sensibilidade gástrica.


Como começar a adotar a dieta alcalina no dia a dia:

  • Inclua saladas cruas em pelo menos duas refeições ao dia;
  • Troque o pão branco por raízes como inhame ou batata-doce no café da manhã;
  • Adote sucos verdes ou smoothies com couve, pepino, limão e maçã verde;
  • Reduza gradualmente o consumo de carnes e alimentos refinados;
  • Beba água ao longo do dia e evite refrigerantes e cafés em excesso;
  • Aposte em chás de ervas e frutas frescas como lanches entre as refeições.

Finalizando:

A dieta alcalina não é uma moda, mas sim uma estratégia funcional e preventiva de saúde baseada no consumo de alimentos que promovem um ambiente interno mais limpo, oxigenado e equilibrado. Ao priorizar frutas, vegetais, raízes e sementes, é possível modular inflamações, preservar ossos e músculos, além de elevar a qualidade de vida.

Inserir hábitos alcalinizantes no dia a dia é um passo natural dentro da trofoterapia, respeitando a individualidade e os sinais do corpo.


Fontes:

  1. Frassetto, L. A. et al. (2001). Diet, evolution and aging—the pathophysiologic effects of the post-agricultural inversion of the potassium-to-sodium and base-to-chloride ratios in the human diet. European Journal of Nutrition.
  2. Schwalfenberg, G. K. (2012). The Alkaline Diet: Is There Evidence That an Alkaline pH Diet Benefits Health? Journal of Environmental and Public Health.
  3. Osiecki, H. (2006). The Nutritional Management of the Acid-Alkaline Balance. International Journal of Naturopathic Medicine.

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